Visitar Oslo: o melhor de Oslo num roteiro de 2 dias

Oslo, capital da Noruega, é banhada pelas águas do Oslofjord, no litoral sul do país. É uma cidade bonita e muito dinâmica. É pena ser castigada pelo clima rigoroso típico dos países escandinavos. Tem uma mistura enriquecedora de história e design moderno e uma cena artística vívida.

A cultura do coffee-shop deu-lhe outra vibração e a nova vaga de gastronomia nórdica também a atingiu. Museus de classe mundial, palácios imponentes, casas de espetáculos de vanguarda, relaxantes passeios de barco pelo fiorde e espaços verdes de encantar qualquer visitante.

Como não visitar a linda cidade de Oslo?

 Quando visitar Oslo?

Obviamente que sendo uma capital escadinava, a melhor altura para visitar é nos meses quentes: de maio a agosto. Os dias são amenos e longos, permitindo condensar muitas atividades num só dia. É também a altura do ano que Oslo recebe mais visitantes, tornando esta cidade, já de si cara, num destino de viagem dispendioso. Em agosto, Oslo recebe festivais de renome: o festival de Øya para os apreciadores de rock e o Festival de Jazz de Oslo. Nos meses frios, de novembro a março, é preciso muito agasalho. Os dias são curtos e o frio pode ser desafiador. De salientar ainda que Oslo é uma cidade chuvosa.

 Onde ficar em Oslo? Dicas de alojamento

A capital norueguesa é uma cidade com nível de vida alto e o alojamento pode pesar no seu orçamento de viagem quando visitar Oslo. A oferta de hotéis onde ficar em Oslo é para todas as bolsas e com os altos padrões de qualidade e limpeza, mas é preciso procurar bem para encontrar a melhor relação qualidade-preço. Reserve alojamento em Oslo com antecedência.

Por incrível que pareça, a diferença entre os hotéis mid-range e de luxo pode não ser assim tão grande. Às vezes, se estiver disposto a dar apenas mais 50 €, pode ficar no luxuoso Radisson Blu Plaza Hotel em vez dum hotel mid-range.

 O nosso favorito, com uma excelente relação qualidade-preço é o Smarthotel Oslo. Ficamos as duas noites da nossa visita à capital norueguesa e recomendamos vivamente para viagens de trabalho e lazer, para quem viaja sozinho, em família ou em casal, e até para pessoas com mobilidade condicionada. Localizado bem no centro, o Smarthotel Oslo tem receção 24h – super simpáticos!-, bar, e WiFi gratuito. Os quartos são pequenos, mas, como é hábito nos escandinavos, o aproveitamento de espaço é genial. Decorado com mobiliário de design moderno adaptado às necessidades, os quartos aconchegantes, primorosamente limpos e cómodos estão todo munidos de WC privado. O pequeno almoço não estava incluído no preço do quarto, mas pagamos à chegada e ainda bem que o fizemos: excelente pequeno almoço buffet com variedade e produtos deliciosos. Têm um terraço amplo, super agradável para relaxar.

Abaixo deixamos mais algumas sugestões de alojamento adequadas a todas as carteiras.

 Alojamento Low Cost / Económico

Cochs Pensjonat | Anker Hostel | Central City Apartments

 Alojamento com excelente relação qualidade-preco

Anker Hotel | Hotel Verdandi Oslo | First Hotel Millennium

 Alojamento de Luxo

Grand Hotel | Radisson Blu Plaza Hotel | Hotel Continental

 

 O que visitar em Oslo em 2 dias?

A capital norueguesa recebeu-nos sob chuva persistente e intensa: podemos contar pelos dedos de uma mão as folgas de 5 minutos em dois dias de deambulações pelas ruas. Mas nem assim nos vimos impedidos de dar um pulinho aos principais pontos de interesse turístico de Oslo, também chamada de “o prado dos deuses”.
Venha, pois, daí connosco. Vamos mostrar-lhe o que visitar em Oslo num roteiro de 2 dias.

 Roteiro Oslo: 1º dia

Chegados à estação central, tivemos a oportunidade de observar a “fauna”. É sem sombra de dúvida um local que parece não encaixar numa das cidades mais seguras do mundo. Não se deixe intimidar. Ignore e siga o seu caminho.

Foi com espanto que encontrámos um Tigre na praça da estação. Viemos a descobrir que a cidade já foi chamada de “Tigerstaden” ou “Tigerbyen”, a Cidade dos Tigres, isto porque no séc.XIX um conhecido autor assim a designou por senti-la como uma cidade fria e perigosa. Este é o único tigre que figura na cidade que, aquando da celebração do milénio da sua fundação, encheu a praça da Câmara Municipal de esculturas de tigres.

Karl Johans Gate

Tomámos a rua pedonal Karl Johans gate, em redor da qual se situam a maior parte dos monumentos dignos de visita em Oslo.

Oslo Domkirke

É o caso da catedral, Oslo Domkirke, a terceira a ser ali construída (a primeira entrou em decadência no inicio do séc.XVII e a segunda ardeu em 1689, apenas 50 anos após a sua reconstrução). Não é imponente, mas merece visita.

Interior da Oslo Domkirke

Na praça Stortorvet encontramos o inconfundível Christian IV, rei da Dinamarca. É que a Noruega só conquistou a sua independência em 1905, tendo sido uma província da Dinamarca entre os séc.XVI e XVIII. Christian IV reconstruiu a cidade após um trágico incêndio que reduziu tudo a cinzas, renomeando-a de Christiania.

Praça Stortorvet

Continuando pela Karl Johans gate, encontramos o imponente palácio Stortinget, em suma o Parlamento Norueguês. A frente é ladeada por dois leões de pedra e reza a história que foram esculpidos por um prisioneiro da fortaleza Akershus.

Palácio Stortinget

Percorrendo o pequeno jardim defronte do Parlamento, temos o Nationaltheatre, um dos teatros mais prestigiados da Noruega. Também conhecido como o Teatro Henrik Ibsen, que acolhe a cada dois anos um festival internacional de teatro em homenagem ao grande dramaturgo Ibsen.

Nationaltheatre

No extremo da rua Karl Johans situa-se o Slottet, Palácio real, residência oficial da família real norueguesa, cuja construção foi iniciada no séc.XIX durante a união entre a Suécia e a Noruega.

Slottet, Palácio real

Com os chapéus-de-chuva abertos, tivemos que fazer um compasso de espera para aí assistir ao render da guarda real.

Radhuset – Câmara Municipal de Oslo

Prosseguimos então para a zona sul da capital para visitarmos a controversa Rådhuset, Câmara Municipal. Controversa porque ao que parece os habitantes da cidade abominaram o estilo do edifício aquando da sua construção.

Rådhuset, Câmara Municipal

O que é um facto é que ao longo do tempo foi ganhando lugar como um ponto de visita a não perder. O hall de entrada chama logo a atenção pela dimensão dos murais.

Murais no interior da Rådhuset

E vale a pena percorrer as salas abertas aos visitantes para observar a ornamentação e decoração.

Das janelas pode-se usufruir duma bela vista para o fiorde de Oslo e para o Akker Brygge.

Aker Brygge

Aker Brygge foi outrora o porto principal da cidade, hoje sofrendo uma gigantesca transformação. Edifícios para habitação, escritórios e espaços comerciais brotam ao longo do velho porto.

Nobel Peace Center

Nobel Peace Center não passa despercebido com a sua incisiva instalação: pode-se ler a palavra “laughter” em néons vermelhos, mas logo no inicio da palavra está um teimoso e intermitente “S” – “slaughter”.

Akershus Festning

Nas imediações, a Akershus Festning (a fortaleza), convidou-nos a um passeio pelo interior das suas muralhas.

Desde o séc.XIII já serviu como forte militar, bastião, prisão e até residência real e hoje, ainda é patrulhada pela guarda real. Por ali nos demorámos a apreciar o cenário.

 Roteiro Oslo: 2º dia

Frammuseet

Frammuseet

No segundo dia, os nossos passos encaminharam-se para o porto. Éramos esperados para uma travessia de barco pelo fiorde de Oslo até à península de Bygdøy. O objectivo era visitar o Frammuseet, o museu onde está exposto o original Fram. O que é que esta embarcação tem de impressionante? Foi a primeira embarcação a ir mais longe, tendo conquistado tanto o Pólo Norte como o Pólo Sul.

Utilizada em três expedições polares, tendo resistido, praticamente incólume, a três anos presa no gelo do Árctico aquando da primeira expedição ao Pólo Norte.

O Fram é um museu vivo, com o seu interior intacto e os artefactos utilizados nas expedições em exposição no seu interior.

Munchmuseet

De seguida, um pulinho ao Munchmuseet. Dedicado à obra e vida de Edvard Munch, podem-se aqui ver algumas obras emblemáticas do pintor e saber pormenores sobre capítulos da vida do artista.

O Grito de Edvard Munch

“O Grito”, sendo a sua obra mais famosa, não podia deixar de nos atrair até si.

Oslo Parque Vigeland

Para terminar o dia, impunha-se uma ida ao Vigelandsparken.

Vigelandsparken
Vigelandsparken

A chuva não nos deu tréguas e resolveu cair em todo o seu esplendor, abreviando o tempo para podermos apreciar devidamente as magnificas esculturas “vivas” de Gustav Vigeland.

Esculturas “vivas” de Gustav Vigeland

As esculturas contam-nos “histórias” sobre o ciclo da vida do Homem, do nascimento à morte.

No final do dia, tempo ainda para dar uma vista de olhos na nova Opera. Não queríamos deixar de passar por lá para podermos passear sobre o seu… telhado! É verdade, o telhado inclinado da Opera é utilizado como “promenade”, espaço de relax e até para ver as vistas da cidade de Oslo.

Nova Opera de Oslo

Uma coisa é certa. Oslo é daquelas cidades de podemos visitar em qualquer altura do ano. Qualquer visitante encontra o que fazer para ocupar o seu tempo. Arte, história, museus, cultura dominam por aqui. Os fans de desporto de inverno também têm aqui lugar. As famílias não terão um momento de descanso, foodies vão ser surpreendidos e amantes de design moderno… Nem é preciso dizer mais nada, certo?

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