Momentos da alta-costura que entraram para a história da moda


Há mais de três décadas, Karl Lagerfeld é o diretor criativo da Chanel. Em 1983, quando teve pela primeira vez a incumbência de trazer a maison para a era moderna, admitiu que achava a alta-costura frustrantemente lenta (de acordo com relatos do WWD). Hoje, a Chanel de Lagerfeld é o exemplo perfeito do sucesso: escapismo fashion supremo. Em 1983, no entanto, sua visão moderna foi encarada com olhares de dúvida pelos críticos.

Enquanto a maioria das apresentações de alta-costura eram tipo uma expedição de compras para mulheres das classes mais abastadas, os desfiles de Gianni Versace para o Atelier Versace na década de 90 eram barulhentos, estrelados e elétricos. Os convidados batalhavam por um lugar na primeira fila, para sentir a “experiência Versace”. À cada look da coleção, aplausos para celebrar o que virou uma masterclass na história da moda. A coleção, com suas supermodels vestindo zircônias brilhantes, captou o hedonismo da época. A mulher da alta-costura de Versace estava sem dúvidas preparada para o tapete vermelho de Hollywood, e não para um Bal de Débutantes em Paris.

Na década de 2000, a passarela da Christian Dior de John Galliano provou ser o epicentro da teatralidade. O estilista britânico, que tomou as rédeas da etiqueta francesa em 1996, deixou a Diormais ousada, e o ápice foi a coleção de alta-costura de primavera/verão 2003: “Nas mãos de Galliano, as cores vivas, estampas de figurino chinês e quimonos japoneses se transformaram em algumas das roupas mais impactantes já inventadas”, relatou Sarah Mower para a Vogue americana. “As modelos, quase que completamente submersas em metros de brocado, tafetá e babados de chiffon, oscilavam sobre plataforma vertiginosas”.

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